Contextualização Técnica
Este mapa representa a distribuição espacial das classes de solos no estado do Amazonas, fundamentado na base de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2006) e delimitações territoriais atualizadas (IBGE, 2022). O mapeamento de solos em escala regional é um instrumento crítico para o planejamento ambiental, a gestão de recursos naturais e a compreensão da dinâmica biogeoquímica na Bacia Amazônica.
Metodologia e Elaboração
O produto cartográfico foi desenvolvido em ambiente SIG, utilizando o sistema de referência de coordenadas geográficas SIRGAS 2000. A estruturação do layout prioriza a clareza na distinção taxonômica, permitindo a identificação visual rápida das principais ordens e subordens de solo que compõem a paisagem amazônica.
Análise Pedológica e Diversidade Espacial
A espacialização dos dados revela a predominância de classes de solos altamente intemperizados e lixiviados, típicos de regiões tropicais úmidas, mas com uma complexidade intrínseca associada à geomorfologia e ao regime hídrico local:
Argissolos e Latossolos: Ampla distribuição nas áreas de interflúvio, caracterizando solos profundos, ácidos e com baixa saturação por bases (distróficos), essenciais para a sustentação dos ecossistemas florestais de terra firme.
Gleissolos e Neossolos Flúvicos: Estruturados ao longo das planícies de inundação e calhas dos principais rios (Solimões, Amazonas, Purus e Madeira), refletindo processos de hidromorfismo e deposição recente de sedimentos.
Espodossolos: Identificados em manchas específicas, associados a processos de podzolização em áreas de areias quartzosas, frequentemente vinculados a ecossistemas de campinarana.
Plintossolos e Luvissolos: Representam transições pedogenéticas influenciadas por flutuações do lençol freático e materiais parentais específicos.
Aplicações Estratégicas
A compreensão desta diversidade pedológica é fundamental para:
Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE): Identificação de áreas com aptidão para manejo florestal ou restrições ao uso agrícola intensivo devido à fragilidade química e física.
Estudos de Carbono no Solo: Modelagem de estoques de carbono orgânico, vital para estratégias de mitigação de mudanças climáticas.
Licenciamento Ambiental: Suporte técnico para avaliação de impactos em projetos de infraestrutura e conservação da biodiversidade.



