Ao analisar os dados, observa-se uma diferença expressiva entre os resultados da densidade populacional tradicional e da densidade populacional normalizada. No cálculo tradicional, as maiores densidades concentram-se principalmente nas grandes cidades, que apresentam áreas totais menores e uma ocupação mais compacta, elevando naturalmente os valores de habitantes por quilômetro quadrado. No entanto, quando a densidade populacional é normalizada pela área urbanizada, surge um padrão espacial distinto. Municípios de menor porte passam a registrar valores proporcionalmente mais altos, uma vez que a análise considera apenas as áreas efetivamente ocupadas. Nessas localidades, embora a população absoluta seja menor, a concentração de habitantes nas manchas urbanas é elevada, resultando em índices de densidade mais expressivos.Esse contraste evidencia a importância de considerar a dimensão real da ocupação urbana no planejamento territorial. Enquanto a densidade tradicional pode mascarar áreas de alta concentração populacional em municípios com grandes extensões territoriais, a densidade normalizada fornece uma leitura mais precisa sobre a pressão demográfica sobre o espaço urbanizado. Essa distinção pode ser claramente observada nos mapas apresentados a seguir, que revelam padrões espaciais úteis para subsidiar políticas públicas, estratégias de ordenamento territorial e ações de conservação ambiental.
Para a realização da análise foi utilizado dados:
· Limites municipais: Malha Municipal IBGE - shapefile (.shp).
· Limites federativos: Estados IBGE - shapefile (.shp).
· População municipal: Tabela do Censo 2022 - CSV/XLS.
· Manchas urbanas: MapBiomas - coleção [2024], camada raster (classe de área urbanizada).





